quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Antes de mais esta postagem, gostaria de homenagear meu filho mais velho, Daniel, que se tornou MASTER OF BUSINESS ADMINISTRATION esta semana... E meu outro filho, Sérgio Donatello, que vai me dar um neto em poucos dias!


LOVELL



Tom Lovell

      Hoje, mais uma vez, lembrei-me de Tom Lovell, um dos grandes mestres da época de ouro da ilustração americana. Não posso negar a influência que tive do seu trabalho, pois acho que só recebemos influência das coisas que admiramos de fato. No meu ponto de vista, ele ultrapassou a fronteira da ilustração comercial, tornando-se um fine-illustrator no sentido que a palavra expressa. Na verdade, um grande pintor.
    A paixão de Tom Lovell pela História e a devoção à pesquisa iconográfica acurada é refletida na sua arte, enriquecendo-a. Lovell nasceu em Nova York em fevereiro de 1909. Quando era menino, costumava visitar o Museu de História Natural com sua mãe, onde passava horas fazendo dezenas de esboços das relíquias expostas. Na medida em que crescia, procurava trabalhos relacionados aos seus objetivos artísticos, até que, finalmente, ingressou no College of Fine Art da Universidade de Syracuse. Enquanto se dedicava aos estudos básicos de arte, começou a trabalhar como ilustrador para as revistas populares da época. Então, em 1931, bacharelou-se em Fine Arts pela Syracuse University.





    Lovell considerava-se um sortudo por ganhar sete vezes mais por uma ilustração do que o autor do próprio texto publicado, numa época em que o país atravessava sérios problemas econômicos. Em 1937, suas ilustrações estavam presentes nas mais importantes revistas americanas: National Geographic, Life, Time, Cosmopolitan, Ladies Home Journal, Woman’s Home Companion, Colliers, McCall’s e outras, ilustrando as obras dos escritores mais renomados do planeta.




    Em 1944, Lovell alistou-se na Marinha americana como fuzileiro e artista combatente. Mas serviu por dois anos como staff artist, dando início de fato ao que sempre buscara: a pintura histórica. Como não conseguira, naqueles tempos, dedicar-se por completo ao seu objetivo, prosseguiu na produção de ilustrações de temática variada por quase quarenta anos, mantendo os temas de época um pouco à parte.





    Na década de setenta, entretanto, Lovell mudou-se com a família de Connecticut para Santa Fé, Novo México, e passou a se dedicar inteiramente ao seu primeiro amor artístico – o já mencionado gênero histórico –, mas com ênfase na especialização de cenas do Oeste americano. Assim, Tom Lovell se expressou sobre a sua arte: “Sempre estive interessado nos índios americanos desde os meus nove anos... Esse interesse jamais me abandonou, embora eu já utilizasse esses temas no meu trabalho anterior. Quando me mudei para o Oeste, todo meu interesse e conhecimento do assunto parecia estagnado. Mas, embora eu não tivesse interesse em assumir a identidade de um cowboy, percebi que o Oeste tinha muito mais coisas importantes do que ser um vaqueiro. Existem muitos artistas que conhecem a vida do Oeste atual a fundo e provam isso nos seus quadros. Mas, no meu caso, existe a preocupação de historiador, de voltar no tempo e isto é o que faço”.




    A imaginação de Lovell, sua habilidade de pesquisa, junto com o talento e domínio técnico, concorriam perfeitamente para a narrativa histórica. Os temas abordados por Lovell vão da Antiguidade aos dias de hoje. Ao longo da sua carreira, Lovell recebeu muitos louvores e condecorações. Ingressou na Society of Illustrators Hall of Fame; suas pinturas foram adquiridas pela Casa Branca; pela U.S. Maritime Academy; pelo New Britain Museum; pelo Marine Corps Headquarters; National Geographic Society; National Cowboy; Western Heritage Museum; Abel-Hanger Foundation; dezenas de galerias de arte e escritórios famosos, fazendo parte das coleções particulares mais importantes do mundo.





    Em 29 de junho de 1997, Lovell faleceu num acidente de carro, aos 88 anos. Certa vez, já perto do fim, disse: “Sou um homem de sorte. Pintei por mais de cinquenta anos e realizei meus sonhos”... Sua vida foi bem empregada, fazendo o que mais amava. Ilustrando o presente e o passado – a vida e a História para o deleite dos homens. Tom Lovell criou escola... E grande arte.



































Alguns esboços preliminares: