A IDEIA PLANTADA
Croquis,
ébauche, bosquejo, doodle, sketch, rough, esboço e mais... É o início.
A ideia plantada em um pedaço de papel. Até um guardanapo pode se tornar
uma obra prima. Basta um lápis e acreditar que o desenho é a fonte da grande
pintura. O esboço pode ser uma obra em si mesma; um estudo da forma sem
que haja compromisso com nada, ou pode ser um projeto para uma obra mais
séria. O fato é que sem ele não há evolução no processo artístico. O esboço não
tem o selo da obra final, mas sai da veia, pula sem medo. Importa que exista,
não como seja, pois está acima das regras - pode ser tudo ao mesmo tempo, ou
não ser nada.
A câmera vê
muito pouco em comparação com o cérebro e o olho humano bem treinado. A câmera
é um objeto perigoso, pois foi ela que vulgarizou o trabalho do ilustrador,
legando aos detratores a acusação de banalidade estética, por
permitir a reprodução exata da natureza e com as distorções da forma
promovidas pela lente. Mas o erro é do ilustrador e não da câmera. Por isso
confio na forma que vejo na minha mente, que é imperfeita, mas individual.
Improvisar é um ato da imaginação e, indiscutivelmente, será sempre preferível
ao caminho fácil e vicioso da cópia sem interpretação.
Estas garatujas que seguem foram produzidas na época de aprendizado básico, nos anos 70, 80 e 90.
Nenhum comentário:
Postar um comentário